A IMPORTÂNCIA DA MASSAGEM PARA O TECIDO CONJUNTIVO.
Esta técnica manual aplicada pelas mãos do terapeuta mecanicamente na superfície da pele, produz uma resposta variada do sistema nervoso autônomo. Este sistema é tão dependente de um suprimento sanguíneo adequado, a fim de se adaptar às exigências dos diferentes movimentos e tensões do corpo. O arranjo vascular do sistema nervoso é diferente nas áreas imóveis do que nas áreas móveis; Em geral, os vasos extraneurais - vasos nutricionais entram no sistema nervoso através de áreas de pouco movimento em relação à interface, essas áreas são muitas vezes consideradas pontos de tensão. As reações do corpo antes da aplicação da técnica, do ponto de vista fisiológico, serão variadas, tomando-se como referência;
Idade.
Sexo.
Estado físico e emocional.
PODEMOS RECEBER INFORMAÇÕES DO PACIENTE DO SEGUINTE;
Pressão arterial baixa, sonolência.
Todas as mudanças que ocorrerão passarão da fase da retração dos tecidos conjuntivos, superficiais aos profundos. A níveis visuais poderemos observar as zonas de elevação e tração e suas modificações após a aplicação dos ofícios.
LEMBRAR:
Que os diferentes testes de fáscia sempre devem ser realizados, antes e depois das sessões, nas quais as alterações podem ser avaliadas.
OS BENEFÍCIOS DA APLICAÇÃO DA TÉCNICA SERÃO:
Reduz o limiar de dor.
Melhor plasticidade tecidual.
A resposta reflexa, vicerocutânea, circulatória e de drenagem.
TECIDO CONJUNTIVO E RAÍZES NERVOSAS.
O suprimento nervoso do manguito dural é semelhante ao da dura-máter, a inervação da Pia radicular ´´ raiz nervosa representativa do endoneuro e perineuro é ligeiramente diferente de suas contrapartes nervosas periféricas. O tecido conjuntivo e as raízes nervosas ventrais recebem sua inervação de fibras originárias do gânglio da raiz dorsal. O tecido conjuntivo e as raízes nervosas anteriores são inervados pelos ramos finos do nervo sinusal vertebral''HROMADA 1963''.
HROMADA também observou que os tecidos conjuntivos da raiz dorsal e gânglio simpático recebem inervação de fibras cujos corpos celulares estão localizados nos mesmos gânglios, uma segunda fonte de inervação vem de fibras que entram no gânglio das pregas periféricas.
A proporção de tecido conjuntivo, com tecido neural, é diferente dependendo do nervo e do segmento nervoso examinado, por exemplo:
Onde um nervo tem o movimento como seu principal mecanismo adaptativo, como o nervo mediano na parte superior do braço, os tecidos conjuntivos ocupam uma porção menor da área da seção transversal. Por outro lado, onde o nervo mediano do punho está mais exposto à compressão, há maior proporção de tecido conjuntivo.
IMPORTÂNCIA DA MATRIZ CELULAR.
O nome de tecido conjuntivo sugere uma função de comunicação entre órgãos, tecidos e células. De fato, todos os tecidos do corpo humano se comunicam entre si e a uma velocidade superior à do sistema nervoso, essas funções de suporte e comunicação residem na matriz extracelular (MEC), que também é responsável pelo fornecimento de oxigênio e nutrientes. à célula e eliminação de CO2, toxinas e produtos residuais. Em condições normais, o acúmulo de toxinas na MEC é drenado através do sistema linfático até a cadeia linfonodal mais próxima e, caso essa drenagem não ocorra ou seja insuficiente, produz-se uma resposta que se traduz em inflamação, acidose e dor.
A MEC recebe inervação de fibras nervosas vegetativas, cujas terminações livres constituem autênticas sinapses distantes, tanto das próprias células da matriz quanto das células parenquimatosas mais próximas. O fato dessa inervação estar intacta depende da predisposição da matriz em responder com processo inflamatório a qualquer estímulo não fisiológico. Outra função da MEC é atuar como reservatório para outras moléculas, incluindo fatores de crescimento, citocinas e proteases. Comparados aos invertebrados, os vertebrados apresentam uma grande diversidade de tipos de ECM, incluindo o esqueleto. A MEC é composta por uma mistura complexa de proteínas, proteoglicanos e glicoproteínas que conferem as propriedades estruturais das células e tecidos. Essas proteínas, por sua vez, desempenham um papel regulador em uma ampla variedade de processos celulares. São vários os cientistas que lançaram as bases do conhecimento do MEC e contribuíram com aspectos essenciais para os conceitos de terceiro sistema e matriz viva.
Em meados do século XIX, Carl Rokitansky descreveu o crescimento do tecido conjuntivo, afirmando que os elementos celulares e as doenças eram produzidos a partir de fluidos corporais. Da mesma forma, Claude Bernard definiu o ambiente extracelular ou o "ambiente interno do organismo" propondo que "seu estado saudável era essencial para a saúde e que a impureza desse terreno produziria doenças". Já no século 20, Alfred Pischinger, o pai da substância básica da MEC, a descreve como um gel amorfo que ocupa o meio extracelular. Mais tarde ele chamou o terceiro sistema, o sistema de regulação básico ou basal, toda a estrutura que envolve a célula, definindo-a como um sistema de homeostase. Ele descreveu a estrutura anatômica desse sistema de troca, o conceito do espaço extravascular e extracelular com a matriz extracelular, células de suporte, terminações nervosas livres, capilares e imunócitos. Atualmente, Hartmut Heine continua a fornecer amplo conhecimento da estrutura do ECM e sua autorregulação. A pesquisa da matriz viva moderna está sendo realizada por James L Oschman, que está conduzindo uma pesquisa aprofundada sobre os aspectos energéticos da matriz, através da qual todas as células sabem o que as outras estão fazendo.
COMO ISSO AFETA NAS TERAPIAS MANUAIS?
As técnicas que são aplicadas na superfície da pele e sua velocidade com que os estímulos mecânicos são transmitidos é muito maior que a dos sinais químicos.
Estes constituem um mecanismo físico de integração da parte com o todo, pois cada vez que movimentamos um músculo ou recebemos uma massagem, a pele enruga, um osso recebe compressão e um tecido vivo recebe o estímulo e responde, mudando assim a sua função. suas informações pré-existentes.
Se o estímulo é excessivo ou se mantém ao longo do tempo.
No caso da massagem do tecido conjuntivo, o benefício é de aproximadamente 72 horas, pois possui função polissináptica, ao contrário da Massagem Sueca, que representa uma duração de pelo menos 24 horas.
O efeito mecanoquímico remodelará todo o sistema Tensegrity que relatará a mudança mecânica e a transformará em novas condições moleculares.
A importância dos genes está, assim, subordinada ao movimento, massagem ou fisioterapia, que realmente afetam os programas de crescimento celular, diferenciação, resposta imune e muitos outros, críticos para a Saúde.
A tensegridade explica por que genes, moléculas e suas interações não podem ser consideradas de forma independente e individual.
Todo comportamento e função biológica fazem sentido a partir de montagens supramoleculares, de relacionamentos complexos de ordem superior e padrões fractais, presentes em toda a biologia.
O BENEFÍCIO DO TRATAMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO E FÁSCIAS.
RELAÇÃO DA FÁSCIA CORPORAL E A FUNÇÃO DA TERAPIA MANIPULATIVA.
Em setembro de 1951, em um centro clínico na América do Norte, o médico Keefer, de Boston Massachusetts, disse ´´O tecido conjuntivo do corpo é o mais distribuído´´.
O essencial do tecido conjuntivo são suas funções de sustentação, nutrição, além de fazer parte de outros tecidos, alguns dos produtos do metabolismo como água, células, linfócitos, passam pelo tecido conjuntivo. Esse tecido e seus processos inflamatórios são produzidos por uma série de elementos, como o sangue e suas células. Substâncias e agentes nocivos que neutralizam ou destroem a fáscia e o tecido conjuntivo do corpo são distribuídos em várias zonas, dependendo do suporte. Mantém a estabilidade de algumas articulações, áreas musculares lesionadas, bem como a circulação venosa e linfática. Suporta e mantém o pacote visceral, possui também outras especializações características do estresse.
A contratilidade e a elasticidade são outras propriedades da fáscia, esta última diminui ao longo da vida, torna-se mais rígida, muitas são as alterações nas disfunções do corpo, a própria função do tecido conjuntivo e dos fluidos, em condições físicas normais, estados químicos como erosão, encurtamento, calcificação e outras condições que levam à dor, tração, torção, alongamento, essa tensão será encontrada em algumas áreas musculoesqueléticas afetando articulações, fáscias, muitas áreas onde há aprisionamento de tecidos. a tensão da fáscia anormal produzirá fadiga muscular, má posição articular, alterações na posição visceral, além de desequilíbrio corporal. No campo dos movimentos sanguíneos venosos e linfáticos, dependerá da atividade muscular e dos planos fasciais, combinando atividade muscular inadequada que retarda o fluxo circulatório e linfático. Esta é uma condição resultante de alterações químicas, alterações crônicas de congestão, ´´passivos´ têm um componente de íons de hidrogênio concentrado e são provenientes de tecidos fibrosos. As alterações observadas vão depender de outros fatores, estado de saúde do indivíduo, idade. Estado dos sistemas autônomos, degradação do sistema endócrino e seu equilíbrio. O ambiente onde se desenvolve, é prejudicial determinar um tipo de terapia que seja satisfatória, o tratamento requer conhecimento anatômico fisiológico, a manipulação começa de acordo com a estrutura e o dano que ela possui.
As alterações observadas em algumas áreas podem ser visuais e palpatórias,
As fáscias associadas às posturas musculares
Fáscia lombotorácica
Banda iliotibial da fáscia lata
Fáscia glútea.
fáscia cervical
FÁSCIA.
Estes auxiliam e produzem a estabilidade necessária na atividade muscular, a estreita relação entre as fáscias e os músculos, além de suas alterações agudas ou crônicas. Eles podem ser descritos como miofascite.
REFERÊNCIAS IMPORTANTES DAS FÁSCIAS.
A contratilidade desta fase persiste ao longo da vida, também supera outras qualidades das fáscias, mas a elasticidade diminui com a idade
Teste de fáscia
A realização desta técnica pode ser realizada tanto na posição sentada como em decúbito ventral.Pessoalmente, prefiro a posição sentada, pois a carga e a gravidade poderão fornecer melhores informações ao paciente.
TÉCNICAS A USAR.
1. O desenvolvimento da manobra de teste das fáscias será da borda inferior até a área do ombro, haverá áreas onde é difícil produzir movimento, por exemplo, na área à direita, onde o fígado e a vesícula biliar estão alojados , no lado esquerdo onde se alojam o coração e o estômago, nas áreas escapulares onde não há mobilidade devido a distúrbios circulatórios dos braços.
2. Para testar as pequenas áreas dos tecidos mais profundos, o uso dos dedos será levemente flexionado no corpo, as pontas dos dedos com leve pressão. A visão apresentada pelo paciente na posição sentada, o formato da nádega, indicará a tendência. Se você tem uma nádega quadrada ou em forma de V, esta última nos informará sobre distúrbios circulatórios.
1. Área da bexiga.
A área do meio da coroa puxada para a fissura anal, os pacientes relatam pés frios, muitas vezes reclamando que suas pernas estão frias até os joelhos.
2. Constipação
Uma faixa de tecido de 2 a 3 CMS será vista do terço médio do sacro para baixo e lateralmente, isso indicará uma tendência à constipação.
3. Fígado e vesícula biliar
Há uma grande área que é desenhada no lado direito com uma faixa especial ou fáscia ao longo da face lateral do rebordo costal superior. Pode ser que uma área menor seja encontrada passando da parte inferior das bordas vertebrais da escápula para os corpos vertebrais T5 a T6 em T7 frequentemente.
4. Coração.
A tensão da área aumenta a região torácica esquerda, o rebordo costal direito é afetado pelo acometimento da região hepática. A área entre a escápula esquerda, corpos vertebrais nos níveis T2 e T3 e sob a axila é arrastada. A parede da axila parece mais espessa, essas alterações estão presentes em problemas cardíacos e valvares em geral.
5. Estômago.
Área típica de tensão pode ser vista na face lateral da espinha escapular esquerda, esta área está invariavelmente presente em quase todos os casos de gastrite, gastrite ulcerativa.
6. Problema arterial nas pernas.
As alterações que podemos notar na estrutura da região glútea, observaremos quando nosso paciente estiver sentado, do quadrado ao V. Estão sempre presentes nas alterações circulatórias, que acompanham os angioespasmos. A figura das nádegas é um bom guia para ver a gravidade da condição.
7. Disfunções nas veias e vasos linfáticos
Uma faixa ou fáscia tracionada pode ser observada a partir do terço médio do sacro, paralelamente às cristas ilíacas, lateralmente e em direção ao glúteo médio. Os pacientes relatam que suas pernas incham com facilidade, no verão ou quando estão em uma sala com altas temperaturas, sofrerão cãibras na panturrilha, varizes, principalmente nos pés ou na borda externa das panturrilhas, pernas cansadas. Se as tendências estão presentes em ambas as pernas, as zonas estão presentes em ambos os lados, a gravidade que podemos encontrar pode ser unilateral
8. Área da Cabeça.
Veremos as características ou tendências refletidas a partir da base sacral e entre as escápulas, esta área parece estar presente em todas as dores ou dores na região da cabeça, independentemente da causa. Pode ser nas dores de cabeça crônicas, sem causa aparente, reumatismo, enxaqueca, arteriosclerose, entre outras, muitas vezes após consequências de osteoartrite da coluna cervical e lesão discal.
9 Área dos braços.
Esta área é refletida na escápula que se estende sobre a parte de trás do deltóide.
Autor Jaime Valenzuela C.
Quiromasajista y Osteopata.
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